Na sexta-feira, 15 de setembro, ocorreu a “Calourada integrada 2.0” no Campus Samabaia, festa para a integralização de novos alunos na Universidade. Todavia, houve um acidente no final do evento. O estudante Ariel Bem Hur Costa Vaz, de Ciências Ambientais, levou um tiro no peito após brigas que ocorreram no evento por volta das 23h. Ele foi socorrido, mas morreu a caminho do cais de Campinas. Uma segunda pessoa também saiu ferida e foi levada ao HUGOL, Marcos Eduardo de Melo Souza, cuja família pediu ao hospital que não divulgasse o estado de saúde. Relatos de espectadores no local afirmam que os desentendimentos começaram por grupos rivais, resultando em brigas com quebra de garrafas de vidro, e posteriormente um dos indivíduos sacou uma arma de fogo, que disparou em duas pessoas. O Matéria Prima lamenta profundamente o ocorrido e espera que medidas efetivas sejam tomadas para que episódios do gênero não se repitam.
Em nota de pesar sobre o assunto o Diretório Central dos Estudantes (DCE) ressalta que a festa contava com autorização da Reitoria e com duas empresas de segurança: uma fixa da UFG, e outra particular contratada para o evento. A entrada no Campus é livre, o que dificulta o controle de quem frequenta o espaço acadêmico. Devido a esse acidente, o DCE afirmou que está tomando medidas para responsabilizar as pessoas envolvidas no episódio. O suspeito de efetuar os disparos contra os estudantes foi preso em flagrante nesta terça feira, 19 de setembro. A Delegacia Estadual de Homicídios alegou que Danillo da Cruz Queiroz foi autuado por homicídios consumado e tentado, além de porte ilegal de arma. Jeferson Geovane Lopes Princz, que ajudou a esconder a arma, também foi autuado por posse ilegal de arma de fogo.
Episódios de violência dentro da UFG não são recentes. Em anos anteriores foram relatados e protocolados vários casos de violência, incluindo um possível estupro; ocorrido no ano passado. Na quarta feira 20 de setembro ocorreu um confronto entre dois grupos de tráfico de drogas no pátio da Faculdade de Informação e Comunicação e História, deixando estudantes e funcionários da Universidade amedrontados. Os seguranças trancaram as portas de acesso aos prédios ligados ao pátio.
A Universidade se posicionou afirmando que vem se reunindo constantemente com agentes de segurança pública para facilitar a ação policial em casos de necessidade, bem como o combate ao tráfico de drogas dentro da instituição. Em nota disponibilizada no site da UFG consta que o reitor, Orlando Amaral, realizou na quinta feira, dia 21 de setembro, uma reunião com os diretores de unidades acadêmicas da UFG, pró- reitores e assessorias para discutir a resolução de tais problemas de segurança enfrentados pela Universidade, além de eventos festivos.
Além disso, o reitor solicitou aos diretores de cursos que se unissem aos estudantes de suas entidades representativas para discutir questões de segurança e enfrentamento conjunto às questões relacionadas ao consumo e tráfico de drogas na UFG. Ainda sobre a resolução do caso de eventos festivos dentro da instituição, ficou definido que o assunto será levado ao Conselho Universitário (Consuni), porém até que a resolução do mesmo seja criada e aprovada as festas estão suspensas dentro da Universidade.