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O romantismo de Jane Austen em "Orgulho e Preconceito"

Jane Austen é considerada um dos maiores nomes da literatura inglesa. Nasceu em 16 de dezembro de 1775, em Steventon, Hampshire, na Inglaterra. O momento histórico em que a escritora viveu serviu de inspiração para os cenários dos histórias de seus livros, retratando o cotidiano da nobreza agrária do período georgiano.


Embora as obras de Austen tenham aparente inocência, podem ser interpretadas de várias maneiras. A grande sacada nas entrelinhas da autora são as críticas à sociedade da época em que vivia. Em "Orgulho e Preconceito", Jane Austen nos faz pensar sobre as motivações e interesses que envolviam os casamentos daquela época, assim como a pressão sofrida no século XIX pelas mulheres para se casarem o mais cedo possível.


É completamente possível dizer que este livro é a base para muitas comédias românticas que vemos e lemos hoje em dia. No livro somos apresentados ao típico romance do mocinho rico e esnobe que, ao longo da história, muda seu comportamento por causa da protagonista. Mas em vez de cair no vale do clichê meloso, a autora nos prova que é possível falar de romance de uma maneira sensível e apaixonante na medida certa.


A história é contada na perspectiva da personagem Elizabeth Bennet, segunda filha numa família de cinco irmãs. Ao longo do enredo, vamos conhecendo como ela lida com as impressões que tem das pessoas com quem convive, sobretudo o protagonista Senhor Darcy. Jane Austen nos apresenta Elizabeth como uma mulher à frente de seu tempo, com opiniões fortes e atitudes ousadas para a época. E diferentemente das mocinhas dos romances, a personagem é cheia de defeitos, o que dá uma personalidade mais realista. O senhor Darcy, que se tornou um dos ícones masculinos do romantismo inglês, com suas opiniões fortes e provocativas, vemos esse homem orgulhoso passar por cima de seus pré-julgamentos e das estruturas sociais da época para conquistar o coração de Elizabeth Bennet.


A obra "Orgulho e Preconceito" teve numerosas adaptações para teatro, séries e filmes, dentre elas as mais célebres são a série produzida em 1995, com o ator Colin Firth no papel de senhor Darcy e Jennifer Ehle no papel de Elizabeth, e o filme de 2005 com Keira knigktley e Matthew Macfadyen.


A série de 1995 se destacou pela atuação de Colin Firth por causa dos olhares intensos. Tanto é que o autor foi eleito e premiado como o melhor senhor Darcy de todos os tempos pelos votos dos fãs da obra de Jane Austen. Já o filme de 2005 se destacou pela cena em que Darcy declara o seu amor para Elizabeth. Embora a cena não tenha sido fiel a do livro, ela trouxe um forte tom emocional e deu intensidade aos sentimentos e impressões dos personagem naquele momento da história. O que prendeu a simpatia dos que já eram amantes da obra, assim como inspirou a nova geração de fãs da escritora.

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