Iniciou, na última terça-feira (4), o julgamento que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, que concorreu às eleições presidenciais em 2014. O processo foi aberto quando o PSDB questionou a aprovação das contas da campanha da ex-presidenta. O partido alegou haver irregularidades na prestação de contas da campanha de Dilma, que teria recebido recursos de esquema de corrupção.
Os advogados de Dilma Rousseff solicitaram que novas testemunhas fossem ouvidas antes da decisão final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao acatar o pedido, o TSE adiou o prazo para as alegações finais da defesa em 5 dias após o recolhimento dos depoimentos das novas 4 testemunhas. Entre as pessoas que serão ouvidas estão os marqueteiros da campanha eleitoral João Santana, Mônica Moura e André Santana.
O ex-ministro Guido Mantega, que teve seu depoimento indeferido anteriormente, também vai testemunhar nessa nova fase. A reabertura da fase de coleta de provas e depoimentos não era esperada, e pode esticar ainda mais o processo.
Especula-se que a ação é uma estratégia dos advogados de Michel Temer de levar o julgamento para o final do mandato do atual presidente, o deixando isento da punição de não poder se re-eleger nos próximos 8 anos.
Existe também a possibilidade da separação do processo em dois, fazendo com que Dilma e Temer sejam julgados separadamente. Ambos podem perder o direito de re-eleição nos próximos anos se forem tidos como culpados. No entanto, se for provado que o atual presidente abriu uma conta separada para o financiamento de sua campanha, apenas Dilma será considerada culpada e só ela não poderá concorrer nas próximas eleições.