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Surgimento da imprensa brasileira e Brasil Colônia

Há exatos 208 anos foi criado, No Rio De Janeiro, o primeiro jornal impresso do país, o Gazeta. O fato marcou a história da imprensa brasileira e do próprio Brasil. O primeiro exemplar do Jornal Gazeta do Rio de Janeiro foi publicado no dia 10 de setembro de 1808 e funcionava como um órgão oficial do governo português. Antes disso, a coroa suprimiu as tentativas de se desenvolver a imprensa no Brasil, considerando-a uma atividade proibida. Para que continuasse em seu domínio, era conveniente para Portugal manter a colônia na ignorância.


A Gazeta surgiu em decorrência do decreto de Dom João em 13 de maio de 1808 que criou a imprensa nacional, com o nome de impressão régia. Embora o Gazeta seja considerado o primeiro periódico brasileiro, três meses antes de ter sido criado, surgiu em Londres, onde era editado, o Correio Braziliense. Atualmente a sede da imprensa nacional fica em Brasília, vinculada ao Ministério da Justiça e nela são impressos todos os documentos oficiais do governo brasileiro.

O primeiro exemplar do Gazeta do Rio de Janeiro continha quatro páginas e o jornal sofria com censura, as informações eram manipuladas em favor da corte. As notícias incluíam informações escolhidas de jornais europeus, publicação de atos oficiais e noticiava a vida monárquica e também da corte. A Gazeta circulou até o ano de 1821, ano anterior ao da Proclamação da República.

Até 1999, o Dia Nacional da Imprensa foi comemorado em 10 de setembro, porém, no ano 2000, em virtude de um projeto de lei, passou a ser comemorado no dia primeiro de julho.

Vale lembrar que em 1808, ano do surgimento do primeiro jornal, a Família Real de Portugal veio para o Brasil fugindo das invasões das tropas francesas lideradas por Napoleão Bonaparte. Na época, muitos moradores foram despejados para que as moradias fossem ocupadas por funcionários do Governo Real.

O ano da chegada da Família Real ao Brasil não marca apenas a publicação do primeiro jornal impresso no país. Dom João, que passou a ser chamado de Dom João VI após a morte de sua mãe, Dona Maria I, foi uma figura importante na nossa história. Dom João abriu os portos brasileiros às nações amigas, tendo a Inglaterra se tornado a principal beneficiada, fato que acabou prejudicando o desenvolvimento da indústria brasileira.

Dom João estimulou o desenvolvimento das artes em nosso país ao trazer para o Brasil a missão francesa. Além disso, criou a Biblioteca Real, o Museu Nacional, o Observatório Astronômico e também a Escola Real de Artes. Ele ainda fundou o Banco do Brasil, que passou a ser o quarto banco emissor do mundo!


Brasil Colônia

Com a revolução do porto em Portugal, no ano de 1820, o povo português passou a exigir a volta do rei ao seu país de origem. Assim, Dom João VI retorna para Portugal em abril do ano seguinte, deixando seu filho Dom Pedro no Brasil como regente. Mesmo retornando a Portugal, Dom João VI levou todos os recursos que havia depositado no Banco do Brasil consigo. Com a Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, Dom Pedro se tornou imperador.

Dom João assumiu o trono como príncipe regente quando sua mãe foi declarada louca. A partir daí, passou a ser chamado de Dom João VI, ele, na verdade não foi preparado para ser rei, mas sim o irmão mais velho, Dom José, que morreu precocemente de varíola. Aos 18 anos, casou-se com Carlota Joaquina, que na época tinha apenas dez anos! Com Carlota Joaquina, Dom João teve nove filhos.

Como se deve supor, o Brasil do século XIX foi muito diferente do que é hoje. Mudanças nas vestimentas, na mentalidade, nos hábitos... o fato é que muitos dos costumes daquela época hoje nos são estranhos e foram para muitos estrangeiros que passaram por aqui. Para começar, era uma sociedade escravocrata, mas isso não é nenhuma novidade. Os escravos valiam mais quando eram homens e adultos.

A palavra “boçal”, hoje utilizada por muitas pessoas, na época se referia aos escravos que se recusavam a falar português. As cozinhas ficavam em um cômodo separado e eram descritas como lugares sujos e, a alimentação dos escravos variava conforme a sua atividade e a comida consumida por eles era a mesma das classes mais pobres. Rico ou pobre, na hora de comer, os brasileiros não causavam boa impressão aos estrangeiros. O talher era pouco usado, mesmo entre os mais ricos e era costume das famílias comer com as mãos e em alguns casos sentados no chão. A faca era um utensílio utilizado apenas pelos homens.

A “secreta” servia para as necessidades fisiológicas, mas se usava também penicos para os excrementos, que eram esvaziados por escravos. Em alguns casos, eram esvaziados diariamente, em outros, semanalmente. O inconveniente era que em muitas vezes o conteúdo era jogado nas ruas e era por lá que algumas pessoas costumavam fazer as suas necessidades, com todos olhando.

E os relacionamentos amorosos? Bom... os jovens trocavam olhares entre si, e até mesmo beliscões. As igrejas costumavam ser o palco do início desses interesses românticos. A castidade importava, sobretudo, nas camadas mais ricas e, entre os mais pobres, ter muitos filhos era uma alternativa a se ter escravos, devido ao preço e à necessidade de mão-de-obra.

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